China planeja construir hospital em 10 dias para atender casos de coronavírus

As instalações médicas estarão prontas em 3 de fevereiro e atenderão principalmente pacientes que apresentam o coronavírus.

Depois que o vírus causou o isolamento de várias cidades e afetou pouco mais de 800 pessoas e matou 26, a China foi forçada a construir um hospital especializado para tratar pacientes com o novo vírus.

O hospital terá mil leitos para tratar doentes e infectados; A propriedade que será uma estrutura pré-fabricada ficará localizada em um terreno de 25 mil metros quadrados e estará pronta em 3 de fevereiro de 2020.

Na véspera do Ano Novo Lunar, o transporte foi suspenso em pelo menos 10 cidades, com uma população de cerca de 33 milhões de pessoas. As áreas afetadas são Wuhan, onde a doença estava concentrada e outras nove cidades vizinhas na província de Hubei.

A construção do novo hospital procura "resolver a insuficiência dos recursos médicos existentes", explicaram as autoridades de Wuhan. Eles também acrescentaram que esse novo recinto seguirá o modelo do hospital Xiaotangshan, que foi habilitado em Pequim durante um surto de síndrome respiratória aguda grave (SARS).

No epicentro do surto, Wuhan, as ruas, os shopping centers e outros espaços públicos normalmente movimentados pareciam desertos no segundo dia de quarentena.

Restrições

O uso de máscaras era obrigatório em público e as imagens da cidade mostravam prateleiras vazias nos mercados, enquanto a população acumulava provisões para o que poderia ser um longo isolamento.

As estações de trem, metrô e aeroporto estão fechadas e a polícia inspeciona os veículos que entram na cidade, mas não fecha as ruas.

Os hospitais da cidade lidavam com uma enxurrada de pacientes e uma escassez de suprimentos. Vídeos postados na Internet mostraram multidões frenéticas com máscaras esperando na fila para exames.

Alguns usuários da rede de microblog Weibo relataram que seus parentes tentaram obter um diagnóstico, mas foram rejeitados porque os centros médicos estavam em plena capacidade.

Pelo menos oito hospitais da cidade solicitaram doações de máscaras, óculos, roupões e outros equipamentos de proteção, segundo informações on-line. A administração do Hospital Popular da Universidade de Wuhan abriu um bate-papo em grupo no popular aplicativo de mensagens WeChat para coordenar a ajuda.

Na capital, Pequim, os principais eventos públicos foram cancelados indefinidamente, incluindo feiras tradicionais em templos típicos das celebrações do Ano Novo Lunar.

O número de casos confirmados do novo coronavírus aumentou para 848, com 26 mortes, de acordo com relatórios da Comissão Nacional de Saúde, que confirmou as duas primeiras mortes fora da província central de Hubei.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não declarou uma emergência global, uma decisão que teria colocado mais fundos e recursos para combater a doença, mas também possíveis restrições ao comércio e viagens, além de outros danos econômicos.